21 de dezembro de 2021

« Voltar para o blog

Usinas Híbridas: Uma inovação necessária

Usinas Híbridas: Uma inovação necessária

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou recentemente a regulamentação para o funcionamento de usinas híbridas, uma inovação necessária e um passo importante para que empreendimentos possam aproveitar a complementaridade temporal entre as diferentes fontes de geração elétrica.

 

O que são Usinas Híbridas

 

A definição básica de usina híbrida é a de “um sistema que combina duas ou mais formas de produção de energia ou de potência”. Além disso, “pode incluir o armazenamento”. A norma aprovada permite, portanto, combinações de fontes de geração, sejam elas de usinas fotovoltaicas, eólicas, biomassa, hidrelétricas e termelétricas.

 

A Aneel pontuou que, anteriormente à deliberação da norma referente às usinas híbridas, foi empreendido o projeto piloto de outorga associada do complexo eólico Ventos de São Vicente 8 a 14 unido à usina solar fotovoltaica Sol do Piauí (68 MW), construído pela empresa Votorantim. O início dessa operação está previsto para janeiro de 2023.

 

Usinas híbridas

 

Alguns projetos também foram concretizados no âmbito do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), cujos recursos são geridos pela Aneel.

 

As matérias procedimentais relacionadas à viabilização das usinas híbridas serão aprovadas pela ANEEL, com a revisão dos Procedimentos de Rede e das Regras de Comercialização. Elas seguirão as propostas a serem apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Mas a aplicação da norma no que se refere aos pedidos de Informação de Acesso no ONS e às solicitações de outorga na ANEEL já terão início em Janeiro de 2022.

 

Usinas Híbridas é uma inovação necessária: Projetos Eólicos e Solares devem se tornar mais competitivos

 

Os projetos de usinas eólica e solar vão ficar ainda mais competitivos com a nova regulamentação da Aneel para o funcionamento de centrais híbridas. Embora permita a combinação de várias fontes, incluindo hidrelétricas e termoelétricas, a regra beneficia sobretudo as energias renováveis, com o aumento da produtividade. O período de geração pode ser maior o que melhor o “fator de capacidade” das usinas.

 

De acordo com alguns especialistas da área de projetos e geração, para cada 1 megawatt (MW) de energia eólica instalado é possível colocar até 35% de capacidade solar. Isto, pois, as duas fontes são complementares: enquanto o pico de produção da eólica é na madrugada, a usina solar tem produção durante o dia. 

 

Levando em consideração os parques eólicos, por exemplo, que já existem, com licença ambiental e infraestrutura de rede, já montados, estes poderão ampliar suas produções com energia solar, com complementação de carga. Tudo isso com rapidez de implantação e baixo custo. Além disso, a medida deve beneficiar os novos projetos de usinas, pois muitos já previam o modelo híbrido. 

 

De acordo com a Aneel, além da complementaridade das fontes de geração e do uso mais eficiente da rede de transmissão, a vantagem das usinas híbridas está na mitigação de riscos comerciais e economia na compra de terreno para instalação dos projetos. 

 

Energia eólica e solar

 

Quando as fontes compartilham equipamentos de geração (como conversor e caldeira), isso gera economia, com ganho para a competitividade. Os custos de manutenção e operação também podem cair, porque as usinas podem dividi-los entre si. Juntas, elas também podem ganhar ao otimizar a logística (agindo juntas na compra de materiais ou contratação de serviços).

 

Os Desafios

 

Mesmo diante de tantos pontos positivos, é preciso verificar os riscos.

Já que as usinas compartilham equipamentos, isso pode gerar menor confiabilidade. Afinal, uma eventual falha afeta ambas as usinas.

 

Outro ponto é o risco de subaproveitamento dos recursos. Isso pode acontecer nos momentos em que a disponibilidade desses recursos (vento, biomassa etc.) combinados superarem a capacidade de produção de energia da usina.

 

Outro fator a se levar em conta é se as fontes são despacháveis ou não. Vale ressaltar que, caso as duas fontes sejam não despacháveis, a geração daquela usina também o será. Ou seja, não é possível controlar quanto se produz de energia e quando se dá essa produção.

 

Entre as vantagens e desvantagens a serem verificadas, parece não haver dúvidas que esta regulamentação veio para atenuar a dificuldade vivida pelo Brasil nos últimos meses com a crise hídrica. As usinas híbridas aparecem como solução, especialmente se derem mais segurança ao sistema com um custo menor do que as termelétricas.

 

A regulamentação é um passo importante para a Modernização do Setor Elétrico!

 

Quer implantar um Programa de Gestão e Eficiência Energética e acelerar os resultados com uma metodologia comprovadamente eficaz? Fale conosco!

Mais importante do que alcançar os objetivos, é economizar na conta e manter os resultados a longo prazo.

Leia também o nosso artigo sobre as tendências em energia para impulsionar o seu negócio.