Economia verde: desafios e oportunidades

Antes de tudo, é preciso entender que economia verde é um modelo econômico que visa a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Ela se concentra na criação de empregos ecológicos, na promoção de investimentos verdes e na utilização de tecnologias limpas para minimizar o impacto ambiental e reduzir a pegada de carbono.

Neste artigo vamos falar sobre os principais desafios para as empresas e como, por trás de cada um, existem infinitas possibilidades que agregam não só no contexto sustentável, mas também financeiro e estratégico.   

Negócios e consciência

O envolvimento tanto do setor público quanto do setor privado é fundamental para alcançar um mundo mais sustentável. 

 

Segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a transição para uma economia verde pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 70% durante os próximos 30 anos.

 

Quando entramos no cenário econômico global e iniciativa privada, nunca se falou tanto sobre ESG (Environmental, Social and Governance), as quais são o conjunto de critérios utilizados para avaliar o desempenho ambiental, social e de governança das empresas. Hoje, trabalhar esses pilares vai muito além de uma boa imagem, é também investimento no crescimento econômico da empresa e sua continuidade. 

 

A sexta edição da Pesquisa Global com Investidores Institucionais da consultoria internacional EY (antiga Ernst & Young), traz que 90% dos grandes gestores de empresas usam diretrizes ESG na tomada de decisão sobre portfólios e investimentos.

Ainda sobre o tema, 96% das 250 maiores organizações do Brasil incluem informações referentes à sustentabilidade em seus relatórios, conforme apontou um levantamento da KPMG.

 

A transição energética é a mudança do uso de combustíveis fósseis para fontes de energia renovável, como a energia solar, eólica, hidrelétrica, entre outras. Essa transição vai além da matriz elétrica. Quando falamos de mobilidade elétrica urbana, por exemplo, entendemos que se trata de todo ecossistema: fabricantes, infraestrutura, energia renovável, pontos de recarga, financiamento e plataformas inteligentes capazes de fazer a gestão de todos esses aspectos.

 

O Brasil ocupa posição de destaque no cenário mundial com um das matrizes elétricas mais limpas do mundo, 85% composta por fontes renováveis, contra uma média de 28% do restante do mundo. A migração para o mercado livre é a alternativa mais inteligente para as empresas que buscam economia com inteligência dentro dessa perspectiva de liberdade e uso das renováveis. 

Desafios e Oportunidades da Economia Verde

Conciliar o crescimento econômico com a sustentabilidade ambiental não está apenas no campo da ideia, sabemos que é possível promover o desenvolvimento econômico sem comprometer os recursos naturais e o meio ambiente. Para isso, é preciso:

 

Mudança de mentalidade

A transição para uma economia verde depende de governos, empresas e sociedade em geral. É necessário entender que o crescimento econômico caminha junto a ações conscientes e uso de recursos naturais. 

Investimentos em tecnologias verdes

Pode ser um desafio para as empresas e governos que precisam buscar novos modelos de produção e consumo. 

 

Regulação e políticas públicas

É necessário criar políticas públicas e regulamentações que incentivem as empresas a adotarem práticas sustentáveis. Isso pode incluir a criação de incentivos fiscais, subsídios e taxas que estimulem a adoção de tecnologias verdes.

Vários países já implementaram políticas de descarbonização, por exemplo, com: impostos sobre carbono, incentivos para energia renovável e padrões de eficiência energética. 

Se os desafios são muitos, as oportunidades são ainda maiores, vale destacar:

Novos mercados e oportunidades de negócios

Especialmente nos setores de energia renovável, eficiência energética, transporte sustentável, agricultura e gestão de resíduos.

Redução de custos operacionais

A adoção de práticas sustentáveis pode ajudar as empresas a reduzir seus custos operacionais, por meio da redução do consumo de energia e água, da minimização de resíduos e da adoção de tecnologias mais eficientes.

Soluções integradas como mercado livre de energia, projetos de eficiência energética, autoprodução e uso de equipamentos e tecnologias nos processos podem gerar uma economia de até 50% na conta de energia. Isso sem contar com ganhos indiretos nos processos produtivos e manutenção de equipamentos.

 

Conexão das empresas com os clientes

Consumidores e investidores estão cada vez mais conscientes dos impactos ambientais e sociais das empresas. Segundo pesquisa recente feita pela McKinsey & Company, cerca de 85% da população brasileira se sente melhor quando consome produtos sustentáveis. Já pesquisa GK Consumer Life chama atenção para os Millennials – pessoas nascidas entre 1980-1997 e que formam o novo mercado consumidor – que são os que mais se preocupam com as causas ambientais.

 

Criação de empregos verdes

Já é possível identificar novos empregos em setores como energia renovável, eficiência energética, transporte sustentável e gestão de resíduos. Esses empregos são geralmente mais qualificados e bem remunerados do que aqueles em setores tradicionais.

 

 

A expectativa é de que, até 2030, as energias renováveis criem 38,2 milhões de empregos no mundo. O Brasil já corresponde a um percentual de 10% dos empregos verdes. 

Portanto, como você viu, a economia verde é a prioridade para o mundo e a participação das empresas/iniciativa privada caminha com a descoberta de novas oportunidades usando fontes renováveis, estratégias de eficiência energética e políticas de conscientização e baixa emissão de carbono. 

 

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