25 de janeiro de 2022

« Voltar para o blog

Mudanças Climáticas: da teoria à prática

Mudanças Climáticas: da teoria à prática

Na conferência climática realizada em Glasgow (Escócia), a COP26, 200 países assinaram um novo acordo climático que pela primeira vez associa diretamente os combustíveis fósseis às mudanças climáticas, e estabelece metas diversas a serem cumpridas pelas nações. 

 

Mas como saber, para além da teoria do acordo, que as determinações estão sendo efetivadas, postas em prática e realmente fazendo diferença para o meio ambiente e, assim, a humanidade?

 

Podemos destacar 3 pontos fundamentais sobre os quais devemos manter nossas atenções para 2022, como forma de confirmar que os compromissos ambientais não são somente discurso, mas sim os primeiros passos de mudanças concretas.

 

1. Limitação do aquecimento global 

 

A limitação em 1,5 grau Celsius. Para isso, os países devem estabelecer e cumprir metas sobre redução de emissão de gases do efeito estufa – em especial os países desenvolvidos e industrializados, como EUA e China. 

 

2. Acordos com países menos desenvolvidos

 

Outro ponto importante levantado pela matéria é a necessidade de mais acordos que contemplem os países africanos, especialmente considerando que diversos países do continente utilizam e dependem, por exemplo, do carvão, fonte de energia especialmente poluente.

 

É vital que as nações mais ricas, bem como as grandes corporações, invistam na implementação de soluções ambientais – os cálculos apontam a necessidade do estabelecimento de um fundo anual de 100 bilhões de dólares para financiar a luta contra as emergências climáticas. No mesmo tema, é preciso investimento pesado para adaptar mercados e indústrias em um verdadeiro “banho verde” pela redução de emissões, bem como o estabelecimento de regras e leis a serem impostas sobre as empresas a respeito de emissões.

 

3. Apuração de Perdas e Danos

 

Por fim, a COP26 levantou intenso debate sobre uma política de “perdas e danos” ambientais, que estabeleceria um fundo pago por países desenvolvidos – e poluentes – para investir em países afetados diretamente pelas mudanças climáticas, como países pobres devastados por frequentes furações ou tempestades. 

 

Os ultimos anos foram exemplo de geopolítica que avançour na agenda climática. Mas algum pessimismo paira no ar quando vários países agora dizem que simplesmente não vão atualizar seus planos, entre eles Austrália e Nova Zelândia. O ministro do clima neozelandês, James Shaw, disse que essa disposição realmente se aplica somente a grandes emissores como Índia, China, Rússia e Brasil, que não fortaleceram significativamente seus planos. No entanto, também há alguns desdobramentos positivos iminentes que podem fazer uma diferença significativa no humor geral em relação às mudanças climáticas. Reino Unido, a União Europeia, os Estados Unidos, a Alemanha e a França concordaram em pagar US$ 8,5 bilhões para ajudar a África do Sul a abandonar o carvão. Mais dois novos acordos para ajudar a Índia e a Indonésia estão sendo costurados.

 

Fluxo Financeiro do Clima

 

Muitos países em desenvolvimento já têm plataformas nacionais para cumprir seus compromissos, mas nas salas de conferência de Glasgow, as autoridades reclamaram que o financiamento não estava fluindo para ajudá-los a ter sucesso.

 

Este não é apenas um problema de financiamento do clima. Muitos países também estão enfrentando problemas econômicos com a pandemia de COVID-19 e se irritaram com a forma como as instituições financeiras internacionais não tratam das questões de acesso ao financiamento e ao comércio. Economias avançadas não chegaram a Glasgow prontas para fornecer nem mesmo os US $ 100 bilhões por ano em financiamento prometido há uma década, o que reduziu a zona de desembarque para acordo em todas as questões.

 

Os chineses calculam o valor do crescimento perdido por meio de algumas medidas, como enchentes e calor. Sem surpresa, isso equivale a trilhões de dólares. Pode ser um exercício útil sempre que um governo hesitar ao “custo” da ação climática.

 

“Nenhum desses países pode ser descrito como líder em termos climáticos”, diz o professor J. Timmons Roberts, da Univerisdade Brown, nos Estados Unidos. “O lado bom é que a COP27 será em um país em desenvolvimento, e algumas questões como perdas e danos (quem paga pelo impacto das mudanças climáticas nos países mais afetados e como é pago).

 

O financiamento para adaptação climática também será um tema em alta durante 2022. O Egito, país que sediará a COP27, afirmou que quer que este seja o foco da próxima conferência do clima. A construção de diversas economias circulares é um dos pontos essenciais para adotar soluções de baixo carbono.

 

Da Teoria à Prática

 

Assinar compromissos é gesto fundamental, mas muito mais importante é colocar as mudanças em prática, e realizar aquilo que os acordos prometem.

 

Mudanças Climáticas

 

Depois de tantos anúncios e compromissos assumidos em Glasgow, eventos climáticos extremos demonstram, cada vez mais, qual é o real impacto da falta de ação para a adaptação às mudanças do clima.  De acordo com uma análise realizada pela Economist Impact, braço do grupo Economist que tem o objetivo de influenciar tomadores de decisão para catalisar mudanças sociais positivas, 2022 será o ano da implementação!

 

A cooperação e a integração entre todos os setores da sociedade será um elemento essencial para enfrentar a crise do clima — 2022 pode fortalecer essa construção para as próximas décadas.

Gostou desse conteúdo? Veja mais sobre sustentabilidade e energias renováveis no nosso infográfico PANORAMA SOBRE ENERGIA RENOVÁVEL.