19 de abril de 2021

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O Desafio da Transição Energética

O Desafio da Transição Energética

O que é transição energética?

Transição energética é um conceito que precede mudanças estruturais nas matrizes energéticas dos diversos países, migrando de um modelo majoritariamente baseado em combustíveis fósseis – como petróleo, carvão mineral e gás natural – para uma matriz composta por fontes renováveis, a exemplo da solar fotovoltaica, eólica, de biomassa ou geotérmica.

Não se trata simplesmente de diversificação da matriz. 

Este debate passa pela compreensão da necessidade de promover, também, a eficiência energética em toda a cadeia, envolvendo empresas, cidadãos e instituições, de forma a otimizar a utilização de bens e serviços.

Outro ponto fundamental nesta discussão, são as mudanças na estrutura social, política, cultural e econômica do modelo atual, fazendo-se necessária uma reavaliação do que é insustentável do ponto de vista da utilização de recursos naturais e sua finitude.

O acesso à energia, e não somente sua produção e consumo, também tem espaço nesta discussão, considerando que, para uma transição justa, é necessária a compreensão de que nem sempre é possível garantir o acesso à energia somente advinda de fontes renováveis. 

A transição energética é uma tendência irreversível e uma mudança essencial rumo a uma economia de baixo carbono, capaz de promover o desenvolvimento sustentável.

Qual a relação da energia e desenvolvimento sustentável?

Quando se fala em suprir as necessidades de energia sem que isso cause prejuízos ao meio ambiente e à sociedade, fala-se de desenvolvimento sustentável. Isto é, trata-se da possibilidade de que a economia de um país cresça sem que isso comprometa as gerações futuras.

É impossível dissociar o desenvolvimento sustentável da discussão e das medidas acerca da crise climática e, consequentemente, energética, por que passa todo o mundo, decorrentes da escassez progressiva de recursos energéticos e da emissão de CO2.

O Protocolo de Kyoto, de 1997, e o Acordo de Paris, de 2015, foram medidas necessárias para aliar esses dois conceitos, estabelecendo metas para a redução de gases nocivos ao planeta e servindo como base para medidas mais efetivas para a transição energética.

 

O Brasil e a ONU 

 

O Brasil se comprometeu, em instrumento entregue às Nações Unidas em setembro de 2016, a promover uma redução das suas emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, até o ano de 2025. Além disso, indicou uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43% abaixo dos níveis de emissão de 2005, em 2030. A fim de alcançar o objetivo o país assumiu algumas responsabilidades, dentre elas: 

> aumentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para 18%;

>  obter 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico;

> alcançar a participação de 45% de energias renováveis na matriz energética.

A matriz energética brasileira é apontada como uma das mais renováveis do mundo industrializado, e o país com o maior mix de energia renovável. Hoje em dia cerca de 43% do consumo de energia no Brasil provém de fontes renováveis, enquanto esse número no mundo não chega a 15%. Isso se dá principalmente pela produção elétrica no Brasil ser majoritariamente através de hidrelétricas, detalhado no gráfico abaixo.

 

A Matriz Elétrica Brasileira

 

 

O Brasil é líder no debate sobre energia

No início de 2021, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou os países escolhidos para liderar o Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia e o Brasil foi selecionado como país líder no tema da Transição Energética, um dos eixos centrais da iniciativa. 

O Diálogo de Alto Nível sobre Energia foi lançado com o objetivo de identificar formas de acelerar o progresso rumo ao objetivo de prover energia limpa, sustentável, confiável e acessível para todos.

A luta contra as mudanças climáticas é um dos mais importantes desafios que a humanidade deve enfrentar no século XXI e o envolvimento no processo de mudança para uma economia descarbonizada, baseada em energias renováveis, é uma tarefa de todos. 

A meta mínima de 32 % de energia proveniente de fontes renováveis até 2030, fixada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho na Diretriz de Energias Renováveis, é alcançável

No entanto, isso exige um cenário de alta descarbonização e eletrificação da economia, através da utilização de combustíveis descarbonizados em nichos difíceis de eletrificar.

Diante do empoderamento do consumidor, que busca maior confiabilidade e independência frente às distribuidoras de energia elétrica, tornando-se cada vez mais proativo, na forma de como irá consumir, armazenar e produzir eletricidade, com base nas fontes renováveis, pode-se induzir que a ampliação do Mercado Livre de Energia através de plantas eólicas, solares e híbridas, bem como, a descentralização com o avanço da GD, transformaram a gestão energética em um processo mais dinâmico.

 

Será cada vez mais exigido das empresas planejamento estratégico, para incorporar práticas de ESG (Enviroment, Social & Governance) aos diferentes cenários possíveis.



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